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Sabemos que os números estão nas portas das casas, em placas de rua ou dos carros, no dinheiro, no tênis e no chinelo, nas etiquetas das roupas, nas páginas dos livros, na televisão etc. Presentes em muitos lugares, mas será mesmo assim eles despertam a curiosidade das crianças?
Tal vez a resposta seria não, pois as ferramentas tecnológicas fazem parte da nossa vida, hoje não temos mais como nos desvincular delas. As crianças precisam, sim, ter o às possibilidades oferecidas pela tecnologia, desde que este uso possa trazer benefício e aprendizado dessas crianças. No ambiente escolar o aprendizado da criança só evolui com uso de tecnologia, pois estamos vivendo em uma nova era.
Os chamados nascidos digitais parecem ter habilidades natas para lidar com a comunicação online e com as diversas ferramentas que a tecnologia traz para o nosso dia a dia. O Matemático e Pedagogo com especialização em Psicopedagogia, Valdivino Sousa, fala da importância no ensino de Matemática na Educação infantil com o cotidiano das crianças na era digital.
Você sabia que a Matemática está presente no dia a dia das crianças? Mas o uso correto da tecnologia na infância é um verdadeiro desafio para pais e professores. Segundo ele para despertar o interesse das crianças é importante relacionar os conceitos matemáticos que estão inseridos no mundo delas, pois a tecnologia está na vida das crianças, isso é um fato inegável. Sabemos que elas observam tudo e desde pequenas perguntam muito, levantam hipóteses e fazem conclusões, e atualmente a matemática ensinada foge do dia a dia das crianças.
A Matemática também está em outras situações do cotidiano delas e ferramentas interativas, como vídeos e jogos, podem ser muito mais estimulantes e facilitar muito o aprendizado dos pequenos. Afinal, o interesse é algo fundamental no processo de aprendizagem.
Pesquisas comprovam que a tecnologia é uma ferramenta positiva, que traz inúmeras vantagens ao desenvolvimento das crianças e adolescentes, desde que usada da forma correta e com o direcionamento certo.
Valdivino Sousa, que é pesquisador sobre Modelagem Matemática, ele explica como acontece essa interação entre uma situação real; modelagem; modelo e Matemática. Por exemplo, a Matematização que é o reconhecimento da situação do problema, ou seja, visitar lugares mostrando para o aluno que a modelagem matemática está na direção de uma experiência prática e desde um clique em uma foto, ou link está lidando com matemática.
Ter um smartphone conectado à internet é ter o mundo na palma da mão. A criança tem uma infinidade de possibilidades para pesquisar, podendo buscar e encontrar respostas para qualquer questão em poucos segundos. Então por que não fazer da grande rede o novo livro didático?
Modelo matemático: que é a Interpretação da solução, ou seja, com os dados propostos no problema devemos buscar uma solução concreta; Formulação do problema: que é criar hipóteses de que esta formulação seja capaz de modelar, obter uma resolução e validação.
O Matemático relata que o ensino de matemática, surge dificuldade na aprendizagem, pois ainda existe uma matemática embutida ao rigor de abstração que esses conteúdos exigem juntamente o modo que é ensinado, e na prática as crianças não relaciona tais ensinamentos.
“Os conteúdos são trabalhados nas escolas, de maneira teórica abrindo uma lacuna de difícil compreensão e aprendizagem dos alunos fazendo com que não reconheçam a importância da matemática em nosso dia a dia. Utilizando a Modelagem Matemática que é um método de ensino que relaciona a matemática com a prática do dia a dia, os alunos se despertam pela curiosidade de como tudo acontece e como tudo está inserido no mundo do cotidiano”. Diz Valdivino Sousa.
Sendo a escola de Educação Infantil um espaço de descobertas e de experiências diversas, a Matemática deve entrar nas investigações propostas pelo professor. “Fazer matemática neste período é dar sentido aos questionamentos das crianças de maneira intencional”, afirma o especialista.
Saber respeitar a idade e descobrir a forma que cada criança aprende é importante. A regra não é seguir uma lógica e achar que todas são iguais e têm o mesmo ritmo de absorver o conhecimento que a outra. “A forma de ensinar as crianças, seja pela brincadeira, pela observação, ou pelas perguntas conta bastante na evolução de tal aprendizado”, ressalta Valdivino Sousa, que é Matemático e Pedagogo com especialização em Psicopedagogia Cínica e institucional.
Apesar de muitas escolas ainda se negarem a estabelecer essa relação inevitável com o mundo da tecnologia, muitas outras já aproveitam suas ferramentas como uma forma de tornar as aulas mais interessantes e adequadas ao contexto em que as crianças vivem hoje.
“Com a supervisão e orientação correta de um adulto, é claro, a criança pode produzir o que quiser e disponibilizar na rede. Textos, vídeos, sites e, por que não, jogos?. A ideia de não só receber um conteúdo pronto, mas também ser capaz de construir e divulgar aquilo que de seu interesse, faz com que a criança assuma o lugar de protagonista em seu próprio aprendizado”. Diz Valdivino Sousa
A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) precisa ser mudada e adaptada como ocorreu com a BNCC do ensino médio em 2019 sobre o ensino de Matemática, que ou ser ensinada diferente em 2019, ou seja, dando liberdade dos colégios modificarem seu plano de aula.
No ensino infantil o planejamento e desenvolvimento de atividades que dialoguem com o conceito de campo de experiência proposto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), também dar essa liberdade dos professores trabalhar conceitos matemáticos na Educação Infantil, mas ainda deixa a desejar, pois as escolas têm que seguir um plano de ensino municipal, ou estadual e tal plano de ensino em algumas disciplinas como a Matemática ainda é ensinada no método tradicional que foge da realidade das crianças.
Fonte: Matemático Sousa
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